A verdade de uma guerra de mentiras 6

Agora que moro na Alemanha percebo o poder da Alemanha, este povo parece nascer já com um sentido de dever que eu nunca vi na minha vida. Todos eles parecem incapazes de agir sozinhos mas em grupo são imparáveis. Não possuem capacidade de decisão individual mas se guiados não questionam o que lhes é dito. Se é preciso fazer, fazem e nada os impede. Trabalham debaixo de 40 graus de temperatura tal como com -40 graus, não há doença que os impeça de se apresentarem ao serviço. Eu vejo-os como um povo soldado, robotizado e por isso extremamente eficiente.

Na verdade o que Alemanha fez, foi dar o mote que os Croatas precisavam para tomar a zona da Croácia habitada pelos Sérvios. A decisão Alemã deu-lhes legitimidade para a guerra. Como agradecimento na televisão Croata passou durante semanas um tema musical intitulado "Danke Deutschland", "Obrigado Alemanha", em resposta a isto a televisão Sérvia passou esse tema na sua televisão com imagens da segunda guerra mundial com o povo Croata a dar as boas vindas às tropas nazis e imagens do extermínio dos Sérvios na Croácia.



Os primeiros passos da guerra, foram dados com propaganda e aqui os Sérvios perderam, pois eles dirigiram a sua propaganda directamente ao povo Sérvio e os Croatas dirigiram a sua propaganda para recolher apoio internacional.
O facto que que levou toda a comunidade internacional a apoiar a Croácia, foi quando eles divulgaram que os Sérvios estavam a atacar e a destruir a cidade Dubrovnik uma zona de turismo, património mundial da UNESCO, que se enche todos os anos de Alemães. 


 
(Foi quase lá, mas não foi bem lá)



Mas esta cidade nunca foi atacada, o que aconteceu é que a partir desta cidade o exercito croata atacou uma base militar Jugoslava em Montenegro e como resposta os Sérvios atacaram-nos até à fronteira e com a marinha destruíram diversos hotéis, junto à fronteira, usados como bases croatas, isto foi feito ao mesmo tempo que divulgavam o ataque Sérvio em que teoricamente eles teriam lançado 15.000 morteiros sobre a cidade. Na verdade foram encontrados 15 morteiros junto aos hotéis carregados de turistas que os Croatas usavam como escudos.
 (Vista aérea)

Existem relatos de turistas que referem que eles eram colocados nas caves enquanto o exercito Croata das janelas disparavam para o lado de lá da fronteira. Os sérvios responderam a esses ataques, destruíram alguns hotéis e tendo a capacidade de invadir a destruir a cidade em menos de duas horas, a cidade ainda existe e está intacta, mesmo assim os Sérvios passaram a ser os maus da fita para os Americanos e Europeus.

(Vista do ponto mais alto da cidade)

Eu estive nas minhas férias de 2006 em Sarajevo e em Dubrovnik, e esta útima, que é uma cidade-museu está de facto intacta.

 
(A "destruída" fortaleza da cidade, que afinal está intacta)


Agora só falta saber o motivo pelo qual a Inglaterra e a França desistiram de se opor ao desmantelamento da Jugoslávia. O governo Alemão em troca do apoio Inglês ofereceu-lhes um regime de excepção na união Europeia, o que hoje lhes permite fazerem parte da UE mas sem serem obrigados a adoptar o Euro. A França estava a assistir à queda livre do Franco face ao poderoso Marco que não parava de crescer e precisavam do apoio Alemão para manter o Franco estável, esse apoio foi dado. Os EUA nesta altura já tinham cedido aos Alemães em troca do melhoramento de relações diplomáticas.

Na verdade esta guerra foi uma forma da Alemanha se impor mundialmente e apesar de durante alguns meses ter estado isolada, acabou por fazer todos os outros países cederem à sua vontade, voltando a marcar a sua presença como o país mais poderoso da Europa quer a nível financeiro, militar e agora também politico.

(continua)



6 Comentários:

  Prešeren

sábado, fevereiro 20, 2010 3:14:00 da manhã

Uau!!! A tua leitura dos acontecimentos é simplesmente fantástica!!!

Mais uma vez te pergunto quais são as tuas fontes??? Se revelares, talvez a tua história mirabolante se torne mais credível. A muralha pode ter sido destruída e depois reconstruída, não?

Eu tb estive e dubrovnik e vi fotos e cartazes de casas destruídas e em chamas no sítio onde elas se encontram hoje, pelo que não são de outros locais.

Só falta dizeres que a ponte de Mostar também não foi destruída... ah, espera, essa como foi pelos croatas deve ter mmo ido a baixo!...

Espero que publiques o meu comentário.

  Bruno Fehr

sábado, fevereiro 20, 2010 4:03:00 da manhã

Prešeren:

"Mais uma vez te pergunto quais são as tuas fontes??? Se revelares, talvez a tua história mirabolante se torne mais credível."

As fontes são fornecidas no mesmo formato de sempre. No final da série. Até lá evite e Wikipédia e pesquise.

"A muralha pode ter sido destruída e depois reconstruída, não?"

Não, não pode, porque nunca foi destruída.

"Eu tb estive e dubrovnik e vi fotos e cartazes de casas destruídas e em chamas no sítio onde elas se encontram hoje, pelo que não são de outros locais."

Se esteve lá, não teria sido difícil questionar os moradores. Poucos confirmariam essa propaganda.

"Só falta dizeres que a ponte de Mostar também não foi destruída... ah, espera, essa como foi pelos croatas deve ter mmo ido a baixo!..."

Essa ponte vi-a destruída, mas está a mais de 90Km do local que estamos a falar e até na Bósnia e não na Croácia. Está a misturar tudo...

"Espero que publiques o meu comentário."

Claro que publico, publiquei todos os seus comentários, a sua raiva desta minha série entusiasma-me.

  Anónimo

sábado, fevereiro 20, 2010 2:51:00 da tarde

Foi para a Bósnia, mas deve ter andado por lá seis meses a comer gelados com a testa. Talvez tenha até pertencido ao mesmo grupo de artistas armados em Rambos que para lá foram convencidos de que aquilo era Santa Margarida e logo que se apanharam com rédea solta puseram-se a brincar às guerras com resultados trágicos, enlutando as famílias e envergonhando as Forças Armadas. Sempre discordei dessa política de levar voluntários à força para cenários onde o que era preciso era homens que soubessem o que andavam a fazer e não gente que não honra a farda que veste e que se julgam heróis desconhecidos. Sempre me fez confusão esse voluntarismo forçado (que muitos agradeciam, já que um mês em missão no estrangeiro para muitos equivalia a 4 ou 5 vezes o salário mensal). Estive em vários TO, em serviço de diversas missões internacionais, em 1994 integrado na força ONUMOZ em Moçambique, UNAVEM III (Angola) em 1995, na IFOR da Nato em Rogatica na Bósnia (1996), na Força de Reacção Imediata depois do golpe de estado de 98 na Guiné-Bissau, na UNTAET (Timor) em 2000, na SFOR, numa série de exercícios nacionais e internacionais, integrei também delegações de militares portugueses a diversos cenários. E devo dizer-lhe que apesar da má preparação com que partiram os primeiros homens para essa missão (à pressa, em cima do joelho, à portuguesa), quer a nível de treino para as condições e exigências do terreno que todos enfrentaram (deviam pensar que aquilo era como ir para Moçambique ou Angola, os tipos das Transmissões passavam à vez 6 meses em autênticas colónias de férias, esqueciam-se de que na Bósnia no Inverno não estão 30 graus), quer em termos de material (que era miserável, deve dizer-se, muito aquém do que tinham os italianos), apesar de todos estes condicionalismos devo dizer-lhe que nunca tinha ouvido um soldado deturpar tanto a realidade que testemunhou. Ouvem-se relatos fantásticos, façanhas incríveis, já no tempo da Guerra do Ultramar assim era, toma-se partido ou, mesmo mantendo a neutralidade, o facto de se estar no foco da acção incapacita uma noção mais distanciada da realidade. Camarada, você andou literalmente a comer geladinhos com a testa. Ou então andaria entretido a olhar para as bósnias e mais preocupado em fazer figura de Rambo presente.
Dz que Dubrovnik nunca foi atacada. Como é que justifica os morteiros que lá caíram. Eram morteiros com vontade própria, que um dia decidiram lançar-se sobre Dubrovnik? Olhe que eu não acredito nisso, e desconfio que ninguém acredita.
Conte lá, algum croata o tratou mal, isso cheira-me a qualquer coisa mal resolvida.

  Prešeren

sábado, fevereiro 20, 2010 6:06:00 da tarde

Bruno, não publicou todos os meus comentários...

Sei peerfeitamente que a Mostar é na Bósnia, como é óbvio estava a ser irónico.

Não tenho raiva nenhuma. como pode já ter percebido estes temas interessam-me bastante pelo que o debate é sempre bem vindo.
Reitero que nem só de wikipedia se faz o conhecimento, como bem diz, o contacto com os locais é a melhor forma de perceber o que se passou.
Depois de falar com várias pessoas de todos os lados do conflicto tenho a minha própria ideia, uma vez que cada um deles diz q a culpa é do outro.

Agora, quando se vem com uma teoria totalmente oposta à ideia geral (não estou a dizer se é verdadeira ou nao!) e se afirmam coisas com tanto "à vontade" convém pelo menos explicar de onde vêm essas informaçoes.

  Bruno Fehr

domingo, fevereiro 21, 2010 12:14:00 da manhã

Anónimo:

"Talvez tenha até pertencido ao mesmo grupo de artistas armados em Rambos que para lá foram convencidos de que aquilo era Santa Margarida"

Santa Margarida? A força de intervenção de paz foi unicamente de tropas aerotransportadas de Tancos e São Jacinto. Santa Margarida era na altura quartel de recos, os da tropa obrigatória, soldaditos de serviços.

"e logo que se apanharam com rédea solta puseram-se a brincar às guerras com resultados trágicos, enlutando as famílias e envergonhando as Forças Armadas."

De-me um exemplo de um soldado que tenha envergonhado as forças armadas? O estado envergonhou-se a ele próprio. manchou a imagem de dois soldados Portugueses, isso sim!

"Sempre discordei dessa política de levar voluntários à força"

Não seja BURRO! Todos os paraquedistas são voluntários e ao serem voluntários para o serviço militar são voluntários para TUDO! Podem ser colocados a 30 ou 30.000 Km de casa. SÃO VOLUNTÁRIOS! Ninguém é obrigado a ir para as tropas especiais NEM no tempo da tropa obrigatória, por isso TODOS eram voluntários!

"para cenários onde o que era preciso era homens que soubessem o que andavam a fazer e não gente que não honra a farda que veste e que se julgam heróis desconhecidos."

Em todo o seu comentário mostrou não saber, o que é um soldado voluntário, não sabe quem foi para a Bósnia e não distingue o cu das calças neste assunto. Está com toda a certeza confundir os soldados paraquedistas que hoje ficam em segundo plano na colocação em missões internacionais, atrás dos oficiais da PSP sem o mínimo de experiência de combate. Isso sim, é o que vemos hoje, tolinhos PSP, GNR a fazerem-se a chorudos vencimentos. As primeiras unidades a ir, nem sabiam quanto iriam receber, muitos ainda não receberam um cêntimo!

"Estive em vários TO, em serviço de diversas missões internacionais, em 1994 integrado na força ONUMOZ em Moçambique, UNAVEM III (Angola) em 1995, na IFOR da Nato em Rogatica na Bósnia (1996), na Força de Reacção Imediata depois do golpe de estado de 98 na Guiné-Bissau, na UNTAET (Timor) em 2000, na SFOR, numa série de exercícios nacionais e internacionais, integrei também delegações de militares portugueses a diversos cenários."

Você este vê em missões de aerotransportados e de fuzileiros ao mesmo tempo?

"(deviam pensar que aquilo era como ir para Moçambique ou Angola, os tipos das Transmissões passavam à vez 6 meses em autênticas colónias de férias, esqueciam-se de que na Bósnia no Inverno não estão 30 graus), quer em termos de material (que era miserável, deve dizer-se, muito aquém do que tinham os italianos)"

Concordo, mas já não percebo se está a defender os aerotransportados ou a atacá-los! Fizemos o possível com o que nos foi dado, reconheço os erros parvos de muitos broncos que para lá foram, mas da minha unidade e dos BIAT's anteriores ninguém foi obrigado a ir pois todos tínhamos consciência que como voluntários éramos voluntários para tudo e que não importa se temos uma arma novinha a estrear como os americanos e Italianos ou uma arma com 30 anos, ou até mesmo se formos largados no meio do inimigo só com uma faca, é o nosso trabalho fazer o nosso serviço, com o que temos à mão.

"apesar de todos estes condicionalismos devo dizer-lhe que nunca tinha ouvido um soldado deturpar tanto a realidade que testemunhou."

Porque você obviamente é um papa propaganda, que entrou no seu comentário em diversas contradições.

"Dz que Dubrovnik nunca foi atacada. Como é que justifica os morteiros que lá caíram. Eram morteiros com vontade própria, que um dia decidiram lançar-se sobre Dubrovnik?"

Os 15 à saída da cidade? Ou os 15.000 que ninguém viu?

Você obviamente não diz a verdade. Afinal foi Aerotransportado? Se o foi não falaria dessa forma. Ou foi fuzileiro? É que aí compreende-se a sua raiva para com os ATs.

  Bruno Fehr

domingo, fevereiro 21, 2010 12:17:00 da manhã

Prešeren:

"Bruno, não publicou todos os meus comentários..."

todos os seus comentários estão publicados, procure-os no texto correcto!

"Agora, quando se vem com uma teoria totalmente oposta à ideia geral (não estou a dizer se é verdadeira ou nao!) e se afirmam coisas com tanto "à vontade" convém pelo menos explicar de onde vêm essas informaçoes."

Todos os meus textos possuem referencias a fontes, todas as séries possuem uma lista de referencias que é sempre feita no final de série. Não posso apresentar referencias sem saber exactamente o que vou escrever no texto seguinte. Os textos são escritos no dia de publicação.